Militares cortaram luz intencionalmente e usaram carro oficial para furtar metralhadoras, diz TV

Nove metralhadoras do Exército foram encontradas na madrugada de sábado passado, 21, em São Roque. Elas estavam no lamaçal de uma área de mata.

As investigações sobre o furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, indicam que militares cortaram intencionalmente a luz do local, e utilizaram o carro oficial para praticar o crime. As informações foram dadas pelo Jornal Nacional, da TV Globo. 

As investigações mostram que, com o desligamento da rede elétrica, o sistema de segurança parou de funcionar. Impressões digitais de militares do quartel foram encontradas em alguns quadros de energia pelos peritos, o que corrobora com a suspeita de apagão intencional. 

O furto teria ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro. Segundo a reportagem, as armas foram recontadas no arsenal pela última vez no dia 6 de setembro, e a partir do dia 7, foi verificado somente se a porta do depósito estava lacrada. 

Mais de 30 dias depois, no dia 10 de outubro, um subtenente viu sinais de arrombamento no local, e percebeu que o lacre numerado havia sido trocado. Os militares responsáveis por conferir se o lacre era o mesmo colocado no dia 6 de setembro estão sendo investigados por infrações disciplinares. 

Os peritos também encontraram na porta do depósito impressões digitais de um cabo, motorista do então diretor do arsenal de guerra, o tenente coronel Rivelino Barata de Souza Batista. O motorista não tinha autorização para circular pelo local, mas a suspeita é de que ele tenha aproveitado o livre acesso que tinha ao quartel como homem de confiança.