Mil mortes num trimestre revelam que Governo de Pernambuco negligenciou atenção para com o Pacto Pela Vida

Sob nenhum argumento é aceitável que, num estado com 9.674.793 de habitantes, segundo o IBGE, ocorram 965 mortes em apenas três meses. Não é razoável que quase mil pessoas percam a vida vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), acrônimo que a polícia usa para identificar assassinatos.

Isso revela que depois de 15 anos do programa Pacto Pela Vida, o Governo de Pernambuco ainda não identificou uma estratégia que possa, efetivamente, reduzir o número de mortes num Estado que tem apenas 4,51% da população do Brasil e 20,5% do Nordeste.

Pode-se dizer que nos últimos anos, contados a partir de 2017, o número caiu. É verdade. Mas não há o que justificar se naquele ano foram mortas 5.428 pessoas e no ano passado, 3.368. O fato que este ano, em apenas três meses, sejam quase mil, é assustador.

Os números de 2017 representam apenas o marco do fracasso de uma estratégia que precisou ser revista naquele ano. E se depois de cinco anos temos uma redução de 38%, isso quer dizer que não avançamos o suficiente. Ainda que sejam menos 2.060 mortes em CVLI.

O problema é que 2022 voltou a preocupar, porque há indícios de que o elevado número de crimes decorrentes do embate de criminosos aponta para novos cenários.