Nas redes sociais, 42% reprovam e 35% aprovam prisão de Bolsonaro, mostra Quaest

Bolsonaro é o único líder declaradamente não vacinado do G20 - Jornal O  Globo

A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), decretada no início da manhã do último sábado (22), produziu uma reação imediata e de forte intensidade no ambiente digital. Levantamento da Genial/Quaest, realizado até as 14h do mesmo dia, identificou 447 mil menções ao tema nas principais plataformas digitais.

O monitoramento, que analisou publicações no Twitter (X), Instagram, Facebook, TikTok, YouTube, Reddit, Tumblr, Bluesky e sites de notícias, mostra que a repercussão avançou de forma abrupta logo após o anúncio da prisão. O pico se deu entre 9h e 11h, quando as reações antagônicas ampliaram o alcance das narrativas.

No total, mais de 128 mil autores únicos participaram do debate, com alcance médio estimado de 116 milhões de visualizações.

42% das menções têm teor negativo, impulsionadas por perfis alinhados à direita, que classificam a prisão como “perseguição política”, “injustiça” e “abuso” do Poder Judiciário. Os ataques se concentram na figura do ministro Alexandre de Moraes, apontado como responsável por uma decisão “excessiva”.

Na outra ponta, 35% das menções expressam apoio à prisão, com forte tom de celebração entre perfis de esquerda, que tratam o episódio como afirmação institucional e revigoram críticas ao legado de Bolsonaro. Outros 23% compõem o bloco neutro, com conteúdos informativos ou sem posicionamento explícito.