PM suspeito de estuprar mulher em posto policial no Grande Recife é preso

Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), no Cabo de Santo Agostinho, onde ocorreu estupro praticado por um policial militar

Foi preso, na noite desta quarta-feira (15), o policial militar suspeito de estuprar uma mulher de 48 anos em um posto do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) localizado na PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. O nome do subtenente não foi divulgado oficialmente.

De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), o militar apresentou-se voluntariamente à Delegacia de Polícia Judiciária Militar da Mulher (DPJM-Mulher), acompanhado de um advogado. A prisão foi representada pela Polícia Militar e concedida pela Justiça Militar.

“A unidade está realizando as formalidades relativas ao cumprimento da prisão preventiva e, após a conclusão dos procedimentos legais, o militar será encaminhado ao Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima.

O mandado de prisão foi cumprido dois dias após o crime vir à tona. A governadora Raquel Lyra se pronunciou sobre o caso pelas redes sociais. Foi a primeira vez que ela falou sobre o assunto.

“Mesmo em missão internacional, sigo acompanhando as investigações que levaram ao mandado de prisão contra o policial suspeito de estuprar uma mulher. Estamos trabalhando para garantir o acolhimento à vítima e na investigação severa desse caso”, disse.

O estupro ocorreu na última sexta-feira. De acordo com a vítima, que não será identificada, ela seguia de carro com as filhas em direção à Praia de Gaibu, no Cabo, quando foi parada na falsa blitz.

Após a abordagem inicial, com apresentação de documentos, a vítima foi levada para o posto pelo policial militar, que disse a outros dois colegas de farda que ela queria água. A mulher negou, em depoimento, ter pedido. No alojamento, ela foi abusada sexualmente, enquanto implorava para que o militar parasse. O crime teria durado cerca de 20 minutos, até que a vítima foi liberada.

No posto policial não há câmeras de segurança.

Na terça-feira, a Polícia Militar de Pernambuco havia confirmado que os três policiais militares que estavam de plantão no dia do crime haviam sido afastados das ruas. “Estão desempenhando funções administrativas até a conclusão das investigações”, informou a Corporação, em nota oficial.