Pernambuco e outros três estados têm mais de 50% da população na pobreza, diz estudo da FGV

A pobreza se perpetua e se reproduz dentro de uma sociedade que não está  preparada para romper um ciclo difícil de atravessar

Pernambuco e outros três estados do Brasil tinham mais de 50% da população na pobreza em 2021. Os dados estão no Mapa da Nova Pobreza, divulgado pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) nesta quarta-feira (29). No ano passado, a população estimada do Estado era de 9.674.793 pessoas.

O estudo destaca que a pobreza nunca esteve tão alta no Brasil quanto no ano passado, levando em consideração os dados da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012.

De acordo com o Mapa da Nova Pobreza, o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021, cerca de 29,6% da população total do País.

“Entre 2019, antes da pandemia, e 2021, foram 9,6 milhões de pessoas que cruzaram a linha de pobreza para baixo. É quase a população de Portugal”, observa Marcelo Neri, diretor do FGV Social.

Entre as 27 Unidades da Federação, a que tem a maior proporção de pobres é o Maranhão, com 57,90%. Em seguida, estão o Amazonas, com 51,42%, e Alagoas, com 50,36%. Pernambuco ocupa o quarto pior lugar, com 50,32% dos habitantes com renda per capita abaixo de R$ 497 mensais no ano passado.

Veja o ranking da pobreza no Brasil
– Maranhão – 57,90% da população em situação de pobreza em 2021
– Amazonas – 51,42%
– Alagoas – 50,36%
– Pernambuco – 50,32%
– Sergipe – 48,17%
– Bahia – 47,33%
– Paraíba – 47,18%
– Pará – 46,85%
– Amapá – 46,80%
– Roraima – 46,16%
– Ceará – 45,89%
– Piauí – 45,81%
– Acre – 45,53%
– Rio Grande do Norte – 42,86%
– Tocantins – 33,59%
– Rondônia – 31,65%
– Espírito Santo – 27,20%
– Minas Gerais – 25,25%
– Rio de Janeiro – 22,81%
– Goiás – 22,52%
– Mato Grosso do Sul – 20,95%
– Mato Grosso – 20,24%
– São Paulo – 17,85%
– Paraná – 17,60%
– Distrito Federal – 15,70%
– Rio Grande do Sul – 13,53%
– Santa Catarina – 10,16%