CNBB: É preciso se manifestar com indignação sobre a guerra na Ucrânia

 (Foto:  CNBB/divulgação)

Na abertura da Campanha da Fraternidade 2022 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ocorrida na manhã desta quarta-feira (2), Dom Joel Amado, secretário-geral da organização, refletiu ser preciso trabalhar pela paz e que, “se há guerra, é preciso se manifestar com indignação”.

Ao ser questionado sobre a posição do governo brasileiro com relação ao conflito, o religioso afirmou que não se trata apenas de uma instância, mas, sim, que todos devem se posicionar claramente contra a guerra e a favor da paz.

“Há uma responsabilidade que é humana e é independente de qualquer coisa, que é a paz. Quando não é pela paz, nos desumanizamos. Isso se aplica a mim e a qualquer pessoa que não trabalhe pela paz. Não basta cruzar os braços e dizer: ‘Eu não contribuí com a guerra’. Se há guerra, é preciso se manifestar com indignação”, frisou.

Dom Joel também destacou que seria impossível, ilógico e desonesto tocar no assunto fraternidade e não citar a dor e o sofrimento da Ucrânia, a quem a Igreja se solidariza. De acordo com o apóstolo, não é uma questão apenas da CNBB ou de uma pessoa ou outra, mas de toda a Igreja.

“Temos (de ouvir) com toda clareza o que o Papa (Francisco) diz: ‘Quem faz a guerra, esquece a humanidade. E todas as partes envolvidas se abstêm de qualquer ação’. Ele ainda é mais duro e afirma que é uma insensatez diabólica e que não pode ser respondida além da paz e fraternidade. Hoje, a Igreja clama ao Brasil tanto pela paz, além de verdade e cidadania. Estamos precisando nos educar pela paz e fraternidade”, falou.