Secretaria de Defesa Social garante apuração rigorosa de assassinato de menino em Barreiros

 (Foto: SDS/Divulgação.)

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco se reuniu nesta terça-feira (15), com entidades ligadas aos direitos humanos e à reforma agrária, para tratar das investigações sobre o crime chocante que ocorreu no Engenho Roncadorzinho, em Barreiros, na Mata Sul. Na noite da quinta-feira, sete homens invadiram a residência do presidente da Associação dos Agricultores Familiares, Geovane da Silva Santos, balearam o homem, que sobreviveu, e assassinaram seu filho Jonatas Oliveira, de 9 anos. O crime estaria ligado a conflitos agrários na área, que é habitada por ex-trabalhadores de usinas falidas e suas famílias.

O secretário Humberto Freire trouxe informações sobre o caso, acompanhado do chefe da Polícia Civil de Pernambuco, delegado Nehemias Falcão. A reunião também contou com a presença do deputado estadual Doriel Barros, da presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais de Pernambuco (Fetape), Cícera Nunes, do presidente da Comissão Pastoral da Terra, Plácido Junior, e da representante da Arquidiocese de Olinda e Recife, Maria Luiza Alessio.

Na conversa, Freire destacou o empenho do trabalho integrado que está sendo realizado pelas forças de segurança para elucidar o assassinato de Jonatas e a tentativa de homicídio contra seu pai. O secretário afirmou também que o governador Paulo Câmara pediu a máxima atenção a esses conflitos da Mata Sul e, de acordo com ele, a busca pela responsabilização dos autores dos disparos contra o menino Jonatas será prioridade.

A presidente da Fetape, Cícera Nunes, comentou sobre os principais pontos discutidos e considerou produtiva a reunião. “Nós estamos há anos denunciando várias coisas e buscando uma interlocução maior com o governo e essa reunião foi muito importante para que nós pudéssemos trazer essa questão aqui para o secretário Humberto. Temos muitas outras questões em aberto com relação a outras secretarias, como por exemplo a do Desenvolvimento Agrário, e quando o trabalho não é feito em alguns desses setores, isso gera violência também. Mas a reunião foi muito produtiva nesse campo, pois nos foi transmitido bem a sensação de que os autores do crime serão encontrados e nos sentimos ouvidos com relação a esse ponto que trouxemos da necessidade de maior interlocução”, afirmou.

“O principal que nós colocamos foi a nossa preocupação para que não haja a impunidade, algo que só faz aumentar a violência. A punição e a apuração dos fatos fazem com que você consiga apontar para a construção de uma sociedade mais digna, mais solidária e mais justa. Sentimos por parte do secretário uma escuta e um acolhimento com relação aos pontos trazidos e principalmente um comprometimento”, comentou a representante da Arquidiocese, Maria Luiza Alessio.