Placa Mercosul: laudo comprova que novo modelo é fácil de ser clonado

Rio começa a utilizar nova placa padrão Mercosul nesta terça - Jornal O  Globo

Criada para dificultar fraudes, a placa Mercosul está longe de impedi-las. Relatório técnico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) comprova que um dos principais elementos de segurança do novo padrão de identificação veicular pode ser facilmente copiado para clonar veículos.

O laudo conclui que bastam uma câmera de celular com boa resolução, um aplicativo de tratamento de fotos e uma impressora para reproduzir o QR Code funcional de uma placa legítima em uma chapa “fria”.

O código bidimensional tem a função de atestar a autenticidade da placa, informando os dados do respectivo veículo, como o chassi, e também da fabricação daquela chapa. Isso é possível por meio do aplicativo Vio, desenvolvido pelo Serpro, a empresa de tecnologia da informação do governo federal. O programa está disponível para qualquer cidadão, com download gratuito.

Na prática, a cópia digital do QR Code permite clonar o par de placas para sua instalação em um veículo com características idênticas às do original – em tese, a fraude poderia ser constatada por meio da verificação do chassi do carro clonado, diferente daquele observado no automóvel “quente”.

Contudo, se a checagem não for realizada, a clonagem pode passar despercebida – e gerar, inclusive, multas de trânsito para a pessoa errada.