Depósito onde armas foram desviadas, no Recife, iria sofrer incêndio criminoso

Cinco policiais estão entre presos em operação que desvendou desvio de 326  armas de depósito da Polícia Civil | Pernambuco | G1

Novos detalhes da investigação sobre o sumiço de 326 armas de fogo e mais de 3 mil munições revelam que o depósito onde os materiais estavam guardados, na Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil, na área central do Recife, iria sofrer um incêndio criminoso. E provas fundamentais para descobrir o extravio dessas armas seriam perdidas. A informação consta no relatório do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que denunciou 20 pessoas – sendo cinco policiais civis – à Justiça.

O depoimento de um policial civil lotado na Core, no dia 15 de janeiro deste ano, ajudou os investigadores a montar o quebra-cabeça em relação ao envolvimento de servidores no desvio das armas, descoberto no dia 05 daquele mês. “Consta que, no final de dezembro de 2020, em data próxima ao Natal, ao retornar ao depósito da Core para desligar o ar-condicionado, pois tinha saído sem desligá-lo, ele (o policial) percebeu que a porta e uma grade de acesso à armaria não estavam da mesma forma como havia deixado, ocasião em que sentiu forte odor de fumaça e encontrou, sobre uma bancada de manutenção, uma lata com solvente com uma bucha em sua abertura, já fumaçando, como se fosse uma ‘bomba relógio’, pronta para pegar fogo”, descreve relatório do MPPE.