Polícia da PB prende miliciano acusado de ordenar morte de Marielle Franco

Marielle - O Documentário' expõe dor e amor a um caso sem respostas

A Polícia Civil da Paraíba prendeu, nesta quarta-feira (28), um chefe de milícia acusado de ordenar a morte da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), ocorrida em março de 2018. O nome do detido não foi revelado pelas autoridades, mas trata-se de Almir Rogério Gomes da Silva, chefe da milícia da Gardênia Azul e do Morro do Tirol.

A prisão foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), no município de Queimadas, a cerca de 140 km de João Pessoa. O detido estaria na companhia de outro homem, que também foi preso. A operação atendeu a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que investiga o caso.

Segundo o delegado responsável pelo caso, a operação ainda está em andamento.

A denúncia do MP fluminense, no entanto, se refere a uma outra execução, ocorrida em 12 de outubro daquele mesmo ano, na zona oeste do Rio de Janeiro. Almir, junto com outros três criminosos, teriam assassinado uma pessoa que teve uma briga com a esposa em público durante uma festa, o que não teria agradado aos milicianos.

A relação de Almir com o assassinato de Marielle Franco teria sido revelada por Julia Lotufo, viúva de outro miliciano, Adriano da Nóbrega. Adriano acabou morto em troca de tiros com a polícia no interior da Bahia, no início de 2020, sem ser interrogado pela polícia sobre sua participação no assassinato da parlamentar municipal.

“Parte dos milicianos ligados ao homem capturado em Queimadas hoje foi presa em operações policiais naquele estado. Mas ele, que é um dos chefes desse grupo, conseguiu escapar dessas investidas. Trata-se de um criminoso muito perigoso, com indícios fortes de que estava traficando drogas e planejando ataques a instituições financeiras no nosso estado”, afirmou Diego Beltrão, delegado que coordenou a operação.