Caso Miguel: Justiça bloqueia R$ 2 milhões de prefeito de Tamandaré

Prefeito de Tamandaré afirma ter recebido diagnóstico positivo para  Covid-19 | Pernambuco | G1

O prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), e a primeira-dama Sarí Mariana Corte Real tiveram bens bloqueados no valor de até R$ 2 milhões pelo Tribunal de Justiça do Trabalho da 6ª região, resultado de Ação Civil Pública movida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) por dano moral à coletividade. A decisão foi proferida hoje pelo juiz José Augusto Segundo Neto.

Hacker foi denunciado por supostamente pagar salários de três empregadas domésticas, que trabalhavam para sua família, usando dinheiro público, ao nomear as funcionárias em cargos comissionados na prefeitura

O caso foi descoberto após a morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, 5, que caiu do 9º andar de um dos prédios do condomínio Pier Maurício de Nassau, localizado na área central do Recife, no dia 2 de junho deste ano. Dentre as empregadas domésticas que tiveram os pagamentos efetuados pela prefeitura de Tamandaré na gestão de Hacker estão a mãe de Miguel, Mirtes Renata Santana, e a avó do menino, Marta Maria Santana Alves.

Esta é a segunda vez que Sérgio Hacker tem bens bloqueados pela Justiça, após denúncia de empregar funcionários fantasmas na prefeitura de Tamandaré. No dia 1º de julho, a Justiça de Pernambuco bloqueou R$ 580 mil, a pedido do Ministério Público Estadual, que acusa Hacker de atos de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Além disso, ele é investigado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) por suspeita de contratar funcionários fantasmas.

O prefeito também está sendo processado pelas ex-empregadas domésticas Mirtes e Marta porque, segundo a advogada delas, Karla Siqueira, não pagou os salários do último mês trabalhado, nem as verbas rescisórias as ex-funcionárias.