Deputado Wanderson Florêncio pede que TCE fiscalize obras em rodovias estaduais

O deputado Wanderson Florêncio (PSC) informou que foi ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) pedir a fiscalização das obras do Programa Caminhos de Pernambuco, do Governo Estadual. O anúncio foi feito durante a Reunião Plenária desta quarta (2), quando o parlamentar defendeu a necessidade de apurar o andamento dos investimentos.

“É preciso fazer um acompanhamento permanente e didático desse assunto, não só em relação à quantidade de quilômetros recuperados, mas, especialmente, de que tipo e qual é a qualidade do serviço que está sendo prestado”, argumentou.

Segundo Florêncio, cerca de R$ 500 milhões devem ser investidos no Caminhos de Pernambuco até o ano de 2022. Somente em 2019, a previsão é destinar R$ 95 milhões para a recuperação de rodovias, a maior parte dos recursos para a BR-232. “Estão colocando dinheiro no lixo, pois estão fazendo verdadeiros remendos na via, o que deixa o local ainda mais perigoso e suscetível a acidentes”, comentou.

O líder da Oposição, deputado Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), concordou com as críticas. “Eu disse e repito: uma coisa é fazer uma estrada mal feita, outra coisa é colocar asfalto em cima de concreto. Isso é crime contra o patrimônio, é mais do que irresponsabilidade”, defendeu. Já João Paulo (PCdoB) cobrou do Governo Bolsonaro a responsabilidade pela situação das rodovias federais. “O presidente mandou tirar uma série de equipamentos de segurança das estradas, é claro que o número de acidentes iria aumentar”, pontuou.

Por fim, Wanderson Florêncio disse ter recebido a numeração dos pedidos de informação que fez ao Governo Estadual solicitando esclarecimentos sobre o Programa Caminhos de Pernambuco. Na última terça (1º), ele havia relatado dificuldades para conseguir, internamente, encaminhar as solicitações, o que foi refutado pelo presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP). “Tenho tido atenção com todos os assuntos administrativos e não é cabível a colocação de que esta Casa está retendo processos por subserviência. Nunca orientei nenhum funcionário deste Poder nesse sentido”, finalizou.