”Carnaval pra mim acabou”, diz recifense que foi vítima de agulhada em Olinda

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Um policial de 27 anos, morador do Recife, está entre as vítimas de furadas de agulha durante o Carnaval de Pernambuco. Ele conta que foi atingido em Olinda, mais precisamente nos Quatro Cantos, quando ia atrás de um bloco com duas amigas, no Sábado de Carnaval. “Senti uma furada no braço e imaginei que era uma picada de abelha. Uns dois minutos depois, notei que era uma agulhada. Como eu sou policial, já sabia qual seria o procedimento e o hospital que atendia esses casos”, relata, dizendo que, depois daquilo, o Carnaval acabou para ele.

O rapaz ficou surpreso ao chegar ao Correia Picanço, hospital de referência para doenças infecto-contagiosas, localizado na Tamarineira, Recife. “Três pessoas já estavam lá, aguardando atendimento na mesma situação”, lembra. E enquanto ele estava lá, mais duas chegaram, furadas nos braços ou nas costas. Entre as seis vítimas que procuraram o hospital ao mesmo tempo, cinco eram homens e uma era mulher. Quase todos foram atingidos na mesma região, nos Quatro Cantos, um dos principais points do Carnaval de Olinda.

“Fiz todo o procedimento que eles fazem no hospital – primeiro exames para ver se você já tem alguma doença e depois comecei a tomar o coquetel anti-aids. Vou ter que tomar por 28 dias uma medicação forte, que impõe uma série de restrições, como não consumir bebida alcoólica. Dali eu já fiquei morgado. Pedi às pessoas que postassem, compartilhassem a história. Minhas amigas que estavam comigo fizeram isso. Pra mim o Carnaval acabou”, desabafou. A única coisa que o tranquilizou foi que o médico que o atendeu disse que é praticamente de 100% a eficiência do tratamento na prevenção da infecção pelo HIV.