O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deferiu o registro de candidatura a deputado estadual de Lula Cabral (Solidariedade), ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho. Nas eleições deste ano, ele obteve 34.798 votos, o suficiente para ser eleito para Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), mas estava com a candidatura impugnada até então.
Com essa decisão da Justiça Eleitoral, o Tribunal Regional Eleitoral em Pernambuco (TRE-PE) realiza, a partir das 9h da segunda-feira (19), uma nova totalização dos votos para deputado estadual nas eleições 2022.
As informações foram divulgadas pelo TRE na tarde deste domingo (18), através de uma postagem no Instagram. A assessoria de comunicação do tribunal informou que o ofício do TSE chegou ao Tribunal Regional Eleitoral no final da tarde da sexta-feira (16).
O registro da candidatura de Lula Cabral, que passou quase três meses preso em 2019 por suspeita de participação no desvio de R$ 92,5 milhões do fundo previdenciário do município, foi deferido pelo ministro do TSE Ricardo Lewandowiski, que “determinou a imediata retotalização dos votos”, disse o TRE, na publicação na internet.
O que pode mudar na Alepe
Apesar de ter tido o pedido de candidatura indeferido em setembro, o ex-prefeito do Cabo apareceu nas urnas, no dia 2 de outubro, porque o caso estava sob avaliação da Justiça Eleitoral. O partido dele, Solidariedade, obteve 348.740 votos nas eleições.
Após o primeiro turno das eleições deste ano, o TRE informou que os 34.798 votos que Lula Cabral obteve ainda não constavam como válidos, porque ele seguia na situação de “impugnado”, mas explicou que eles passariam a valer caso ele tivesse a candidatura deferida pelo TSE.
Com a validação dos votos de Lula Cabral, o Solidariedade poderia eleger quatro deputados, sendo o ex-prefeito do Cabo o quarto mais bem votado da legenda. Ele ficou atrás de Gustavo Gouveia, Luciano Duque e Fabrizio Ferraz, eleitos pelo partido.
Essa nova totalização dos votos para deputado estadual em Pernambuco pode mudar a configuração da Alepe. O PSB , que elegeu 14 parlamentares, perderia uma cadeira, a de Diogo Moraes, eleito com 43.117 votos.