Governo de Pernambuco, sob pressão, anuncia apoio à federalização do Caso Beatriz

Pais de menina morta com 42 facadas em escola caminham mais de 700  quilômetros para pedir justiça: 'não toleramos mais impunidade', diz mãe |  Pernambuco | G1

Após reunião com os pais da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, assassinada em Petrolina, o governo do Estado anunciou que apoiará a federalização das investigações. Uma nota oficial foi divulgada na tarde desta terça-feira (28).

“Presto total solidariedade à família e amigos de Beatriz, que estão empenhados há seis anos na luta pela punição dos responsáveis pelo crime. O governo de Pernambuco se manifesta favoravelmente à federalização do caso e assegura, ainda, que prestará toda a colaboração necessária, ciente de que cabe à Procuradoria-Geral da República ou ao Ministério da Justiça avaliar se estão presentes os requisitos legais para a referida federalização”, informou texto assinado pelo governador Paulo Câmara.

A reunião ocorreu no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. O secretário de Defesa Social, Humberto Freire, também esteve presente no encontro. Na saída, falou com a imprensa. “Vamos manter o esforço, com a força-tarefa (de delegados), até que a gente tenha elementos suficientes para indiciar algum responsável e apresentar ao sistema de justiça. E nos colocamos, como sempre estivemos, à disposição da família. Assumimos o compromisso de explorar qualquer linha investigativa que nós possamos porque nosso compromisso é em elucidar esse crime bárbaro e chegar efetivamente a essa culpado”, afirmou.

Os pais de Beatriz Mota chegaram no Recife, após caminharem cerca de 720 km em busca de justiça. Ele saíram de Petrolina no último dia 5 de dezembro, passando por diversas cidades em uma verdadeira cruzada por respostas sobre o caso da filha. Foram 23 dias de caminhada.