Sérgio Reis admite erro: “Não sou puxa-saco do Bolsonaro”

Sérgio Reis diz que se arrepende de vídeo convocando pressão sobre STF, mas  nega medo de ser preso: 'Não sou frouxo' - Jornal O Globo

Desde o último fim de semana, a vida do cantor e ex-deputado Sérgio Reis virou do avesso. O vazamento de um vídeo em que convoca caminhoneiros e a população a saírem às ruas em defesa do governo, e para pedir o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), fez com que o sertanejo fosse “cancelado” nas redes sociais, com muitas críticas, inclusive de colegas artistas e políticos. Os cancelamentos, no entanto, também atingiram a agenda e o bolso do cantor.

“Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, contou o artista em entrevista exclusiva ao Congresso em Foco.

Aos 81 anos de idade, mais de cinquenta deles dedicados às carreiras de cantor e ator, Sérgio Reis diz que defende a democracia e que “não há necessidade” de uma intervenção militar, como prega parte do eleitorado do presidente Jair Bolsonaro, de quem o artista é apoiador. “Não sou puxa-saco do Bolsonaro”, ressalta.

“Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam… Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, disse.