Mundo vê queda de 14% em casos de covid-19; Brasil vai no sentido contrário

Número de leitos de UTI para Covid-19 financiados pelo Ministério da Saúde  tem queda de 71% entre picos da pandemia - Jornal O Globo

Novos dados publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que as contaminações por covid-19 continuam a sofrer uma queda na semana que terminou no último domingo. A retração global foi de 14%, com a taxa de redução ainda mais elevada na Europa, de 25%.

Mas os dados também revelam que a pandemia não perde força no Brasil e as taxas apontam para um sentido contrário em comparação com a média mundial.

De acordo com a OMS, houve um aumento de 3% no número de novas contaminações no país na última semana, com um total de 451 mil novas infecções. Apenas a Índia, que vive uma crise sanitária sem precedentes, ainda enfrenta uma situação pior que a do Brasil. Um total de 1,8 milhão de novos casos foi detectado no país asiático em sete dias. Ainda assim, trata-se de uma redução de 23% em comparação à semana anterior.

No mundo, foram 4,1 milhões de novos casos registrados em sete dias. Trata-se, segundo a OMS, da terceira semana consecutiva de redução. Mas a agência insiste que há, cada vez mais, “dois mundos” sendo estabelecidos. Um deles conta com amplas campanhas de vacinação e uma queda significativa de mortes.

Em apenas uma semana, os EUA registraram uma queda de 20% em novas contaminações. Na Europa, a queda também foi significativa em diversos locais. Na Alemanha, a redução em novas infecções foi de 24% em sete dias.

De outro lado, porém, países que patinam na vacinação e em medidas sociais continuam mergulhados em crises que não dão sinais de perder força.

Três dos locais com maior número de novos casos estão na América do Sul. Além do Brasil, que ocupa o segundo lugar mundial na semana, a Argentina aparece com 210 mil novos casos, superando os EUA. A Colômbia ainda vem na quinta posição, com 107 mil novos casos.