Arena Pernambuco vira despesa fixa de quase R$ 20 milhões/ano para o Estado

Jogadores do Sport aprovam levar jogos para a Arena Pernambuco

A informação publicada, nesta sexta-feira (23), no Diário Oficial do Estado, de que a Arena Pernambuco fechou um contrato de manutenção de R$ 532 mil para o sistema de ar condicionado é apenas uma rubrica das despesas fixas que o Complexo Multiuso incorporou ao orçamento do Estado depois de sua inauguração em 2013.

Deveria ser um projeto de sucesso com um pacote de shows e de jogos das séries A e B do futebol brasileiro, mas acabou virando um grande problema. Primeiro pela necessidade de manutenção. Depois por que não tem receitas, já que os clubes de Pernambuco não aceitam mais levar o mando de campo para o estádio. Jogar na Arena custa caro.

Mesmo no campeonato Pernambucano, Náutico, Sport e Santa Cruz preferem jogar nos seus estádios. Especialmente agora que não tem espectadores nas arquibancadas.

A manutenção do sistema de ar-condicionado talvez seja uma despesa mais que justa até porque sem isso o estádio teria deterioração do equipamento. Mas existem despesas maiores. A maior delas é o pagamento do Governo de R$ 19 milhões, por ano, das prestações da rescisão administrativa do contrato de gestão com a Odebrecht.

O Governo de Pernambuco se comprometeu a pagar em 10 anos esse valor, com o distrato do contrato de gestão com a empreiteira – que ainda cobra uma dívida na Justiça. A despesa chama-se Rescisão PPP Administrativa – Cidade da Copa 2014 e custará exatos R$ 19.091.407,28 este ano, mais R$ 17.678.339,17 em 2022 e mais R$ 16.134.261,48 em 2023.