Homem que invadiu rádio diz que não ameaçou apresentador: ”Em nenhum momento falei em Bolsonaro”

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Suspeito de cometer crime de ameaça contra o radialista Júnior Albuquerque, por motivos políticos, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, na última terça-feira (6), o apoiador do presidente Jair Bolsonaro, Sófocles Bezerra, de 47 anos, afirmou que compareceu à rádio por motivação pessoal e que em nenhum momento ameaçou o homem. Segundo ele, o apresentador o tinha xingado dias atrás, durante programa ao vivo.

“Não sou político, sou um ouvinte de rádio e perdi o controle. Em nenhum momento falei em Bolsonaro, quem me conhece sabe que não sou assim. Minha intenção era pedir respeito e receber um pedido de desculpas. Reconheço que errei, mas não o ameacei e nem sou bandido, eu tenho uma família”, declarou.

Em conversa com a imprensa da capital, Kynho Tricolor, como também o suspeito é conhecido, disse que costumava frequentar a rádio e que já conhecia a equipe que compõe o veículo. De acordo com ele, o atrito com Júnior Albuquerque teve início por meio de conversas no aplicativo WhatsApp.

“Eu fazia parte de um grupo que ele tem no WhatsApp, e ele me bloqueou, porque lá ele coloca a opinião dele política de esquerda, enquanto eu rebatia com figurinhas de direita. Na ocasião ele até me chamou de retardado”, disse.

Ainda segundo o suspeito, no dia 16 de março, um outro apresentador teria feito uma brincadeira com Júnior durante um programa ao vivo, em que pedia para que o homem desbloqueasse Kynho no WharsApp. Foi nesse momento que Júnior teria feito xingamentos a ele.

“Ele disse que eu precisaria mudar a minha cabeça retrógrada, me chamou de idiota, de cafajeste. Misturou com coisas de governo e nos programas seguintes começou a soltar indiretas para mim, sem dizer o meu nome, mandando ir lá defender o presidente”, declarou.