Números de casos e mortes alertam para segunda onda da Covid-19 no Brasil

Coronavírus: a família de vírus que causou a pandemia de COVID-19

Passado um ano desde o primeiro caso registrado de Covid-19, parte do mundo enfrenta uma segunda onda da pandemia. No Brasil, a doença, que estava em aparente fase de declínio –– após um longo período de estagnação em altos patamares ––, com o fechamento dos números da semana 46 o sinal de alerta voltou a soar. Dados indicam que algumas regiões do país sofrem com novos surtos e, por isso, uma recorrência da Covid-19 não está afastada, sobretudo porque as medidas de proteção individual estão sendo abandonadas, bem como o isolamento social hoje praticamente inexiste.

Somente as atualizações de ontem dão demonstrações dos aumentos gerais. Isso porque, voltou-se ao patamar de mais de 30 mil casos positivos e seis centenas de mortes pela doença. Em 24 horas, foram confirmados 35.294 diagnósticos de Covid-19 e 685 óbitos. Com isso, o país acumula 5.911.758 casos e 166.699 vidas perdidas desde o início da pandemia, e pode fechar a semana epidemiológica 47 com acumulado indicando aumento nos números.

Só entre as semanas 45 e 46, houve uma subida de mais de 65% nas infecções, passando de 117.956 novos registros semanais para 195.398. O incremento nas mortes foi de 42%, quando o acúmulo de óbitos em sete dias saltou de 2.385 para 3.389. Entretanto, atraso na atualização dos dados, devido a uma tentativa de invasão aos sistemas do Ministério da Saúde, pode ser uma das explicações para as grandes divergências entre um fechamento e outro. Ainda assim, ao comparar a semana 44 com a 46, os incrementos são de 26% em relação aos casos, e de 13,7% quanto às mortes.