Briga entre policial penal e PM termina com duas pessoas mortas e cinco feridas em Boa Viagem

Tiroteio aconteceu na Banca do Primo, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. (Foto: Tarciso Augusto/Esp. DP.)

O tiroteio entre um major da PM e um agente penitenciário, na noite de sábado, em um bar de Boa Viagem, no Recife, terminou com dois mortos e cinco feridos. Um homem morreu no local e outro após ser socorrido para um hospital da capital pernambucana. A identidade deles não foi informada pela assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Pernambuco. Uma das vítimas fatais se chamava Ekel de Castro Pires.

A confusão aconteceu no Bar do Primo, localizado na Rua Professor José Brandão. Houve uma discussão entre um major da PM, José Dinamérico Barbosa da Silva Filho, e um agente penitenciário, Ricardo de Queiroz Costa, dando início ao tiroteio. Ambos ficaram feridos. Pelo menos sete viaturas foram enviadas ao local. Policiais do 19º Batalhão aprenderam, no bar, três pistolas, quatro carregadores de pistolas e 39 balas (24 munições de calibre 9mm e 15 de calibre 380.).

Segundo a PM, todo o material apreendido foi encaminhado para o DHPP, que irá conduzir as investigações da ocorrência. Além disso, diz a PM em nota, “os agentes públicos envolvidos terão que enfrentar os procedimentos internos previstos pelo regulamento de suas respectivas corporações. A Corregedoria Geral da SDS foi acionada e está investigando a ocorrência”.

Na confusão, também ficaram feridos a esposa de um policial civil e um homem. Os dois foram socorridos para o Hospital Português, no bairro do Paissandu, área central do Recife. Outros feridos são um homem e um mecânico. Eles foram levados para o Hospital da Restauração.

INQUÉRITO

Segundo a SDS, foi instaurado inquérito policial, conduzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os dois suspeitos de participarem da troca de tiros foram localizados e presos, em flagrante, e responderão pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. “Estão sob custódia da Polícia Militar e, tão logo tenham condições de saúde, prestarão depoimento à Polícia Civil. Outros elementos de prova, como testemunhas, imagens e perícias criminais, estão sendo coletados de modo a elucidar o caso. Por serem servidores públicos, os envolvidos responderão a Processo Administrativo Disciplinar, conduzido pela Corregedoria Geral da SDS. As corporações às quais eles pertencem, a Polícia Militar e a Secretaria Executiva de Ressocialização, também instauraram sindicância para apurar possíveis infrações administrativas”, diz, em nota, a SDS.