Candidatos à Prefeitura do Recife começam a ser definidos nesta segunda (31)

A partir desta segunda-feira (31), a corrida pela sucessão do prefeito Geraldo Julio (PSB) começará a ser definida no Recife. Com as convenções partidárias, que vão até 16 de setembro, os martelos são batidos em torno da oficialização dos candidatos e suas coligações. Neste ano, além da quantidade maior esperada de postulantes — ao menos 10, ante oito de 2016 —, o período eleitoral enfrenta a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Assim, os partidos precisarão se reinventar para atender as regras sanitárias: evitar aglomerações e respeitar o distanciamento social.

Já no primeiro dia desta fase do calendário eleitoral, o Partido Renovador Trabalhista (PRTB) e o Partido Novo confirmam as candidaturas do deputado estadual Marco Aurélio e do procurador Charbel Maroun, respectivamente. Ambos os atos acontecerão de forma virtual, atendendo à orientação do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).

Outras duas siglas também já marcaram no calendário a oficialização de seus candidatos majoritários: PDT e PT. O Partido Democrático Trabalhista realizará sua convenção na terça-feira (1º). Mas, diante do impasse sobre as pré-candidaturas do deputado estadual Túlio Gadêlha e da ex-vereadora Isabella de Roldão, eles passarão por um bate-chapa, ou seja, a definição será feita pelo voto. O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, inclusive, desembarca amanhã no Recife para dar condução à disputa interna.

Já o Partido dos Trabalhadores vai lançar a deputada federal Marília Arraes oficialmente candidata no dia 16 de setembro. Até agora, a petista conquistou o apoio do PSOL.

A data da convenção de João Campos (PSB) ainda não foi definida, Patrícia Domingos (Podemos), Alberto Feitosa (PSC), Carlos Andrade Lima (PSL), Claudia Ribeiro (PSTU) e do bloco de oposição ao PSB – que reúne DEM, Cidadania, PTB, PSDB e PL. O grupo sequer definiu quem será o nome a entrar na disputa pela Prefeitura do Recife. A postulação está entre o ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) e o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania).

Embora com pré-candidaturas confirmadas, Podemos, PSL, PSTU e PRTB ainda não fecharam alianças. O Novo, especificamente, decidiu não se coligar porque abriu mão do uso do fundo eleitoral. O PSC conta com o apoio do Patriota e do PL. “Os candidatos que têm menos musculatura estão marcando as suas convenções no começo do prazo para ter mais tempo de se firmar e ter mais visibilidade. Os outros grupos dependem muito de articulações, e, por isso, é melhor estender o prazo pra fazer mais negociações e errarem menos”, comenta a cientista política e professora da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho) Priscila Lapa.