O Ministério Público Federal (MPF) entrou com uma ação civil pública requerendo que o pastor Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus paguem, no mínimo, R$ 300 mil de indenização após vender sementes de feijão como cura para o novo coronavírus. Cada semente era vendida por até R$ 1 mil.
Em vídeos datados de maio, o pastor sugeriu que caso as sementes fossem plantadas, curariam o vírus. Ele ainda justificou dizendo que um paciente se recuperou da doença após seguir a orientação, o que poderia ser comprovado por meio de um atestado médico.
Os procuradores alegaram que Valdemiro incorreu em prática de religiosidade abusiva.
“A dignidade da proteção constitucional que tutela a liberdade religiosa não constitui apanágio para a difusão de manifestações (ilegítimas) de lideranças religiosas que coloquem em risco a saúde pública, que explorem a boa-fé das pessoas, com a gravidade adicional de que isso ocorre com a reprovável cooptação de ganhos financeiros, pois ancorados em falsa premissa terapêutica, às custas da aflição e do sofrimento que atinge a sociedade”, aponta um trecho do documento protocolado no último dia 3.
O Ministério da Saúde também foi citado. O pedido é para que a pasta republique no site os alertas contra as fake news divulgadas pelo pastor, além de identificar o responsável pela autorização da retirada da informação do site.