Operadoras de telecomunicação e empresas de TV e rádio estão em uma quebra de braço nos bastidores para impedir o 5G de interferir no sinal das antenas parabólicas. A briga já dura desde o fim de 2018, mas ganhou contornos mais nítidos recentemente.
Após a pandemia inviabilizar os testes de campo proposto pelas teles, a Anatel indicou que a solução é insuficiente e já começou a estudar uma forma de implantar a alternativa sugerida pelas TVs, e quanto isso custará.
As duas opções têm custos que variam de R$ 456 milhões a R$ 7,8 bilhões. Esse dinheiro virá do valor pago na licitação, o que diminuirá o valor restante para investir em infraestrutura de banda larga em lugares com conexão ruim.
A escolha, portanto, é entre usar dinheiro para ampliar a inclusão digital no Brasil ou manter uma operação considerada antiquada por alguns, que não é nem serviço de telecomunicação nem de radiodifusão. Isso já gera na agência regulatória uma crítica à própria política pública.