Fraudes em aposentadorias causam prejuízo de R$ 600 mil em Bom Jardim

Foto: Divulgação/PF. (Foto: Divulgação/PF.)

A Polícia Federal em Pernambuco, através da Força Tarefa Previdenciária, deflagrou na manhã desta terça-feira, (22), a Operação déjà vu, para apurar crimes contra a Previdência Social.

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão no Centro e na Zona Rural do município de Bom Jardim, Agreste do estado.

As investigações começaram em 2016 e identificaram golpes relacionados à concessão fraudulenta de benefícios de aposentadorias por idade e pensões por morte para segurados especiais na condição de trabalhador rural. De acordo com a PF, além das buscas, houve também a determinação judicial de suspensão de uma aposentadoria e afastamento das funções de uma servidora aposentada que teria concedido os benefícios previdenciários. Esta servidora foi alvo da Operação Tabocas, que ocorreu no mês de março do ano de 2018.

Os policiais identificaram as irregularidades, como declarações de atividade rural ideologicamente falsas, utilização de documentos falsos e inserção de dados no sistema atestando indevidamente a qualidade de trabalhador rural – segurado especial. Os investigados responderão pelos crimes de estelionato majorado, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação, cujas penas podem chegar a 15 anos de reclusão.

Segundo a Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT), da Secretária Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, os golpes provocaram um prejuízo aproximado de R$ 600 mil com o pagamento dos benefícios identificados, obtidos de forma indevida. Contudo, com a deflagração desta operação, a economia gerada é de pelo menos R$ 1,9 milhão, em valores que seriam pagos futuramente aos supostos beneficiários, considerando a expectativa de vida média da população brasileira segundo IBGE.

Para o cumprimento dos quatro mandados de busca e apreensão foram alocados 17 policiais federais e um servidor da CGINT.