Nos bastidores da administração Paulo Câmara, um desgaste na relação do presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Roberto Tavares, com o núcleo duro do governo já é anotado há algum tempo.
A tensão resultante desse atrito repetitivo, no entanto, deve, agora, desaguar em mudança no comando da Compesa. A alteração está no radar, segundo palacianos já preveem. E estaria dependendo apenas da conclusão do xadrez do remanejamento. Na bolsa de apostas que já se dá, há quem aponte a possibilidade de a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, ser movida para a presidência da Compesa.
A expectativa é de de que essa rearrumação seja consolidada nos próximos dias. Fernanda foi anunciada como titular da Infraestrutura no final do ano passado e a Compesa é vinculada a essa pasta. Não há previsões de que ela possa acumular funções. As especulações se somam, no momento, sobre quem assumiria o lugar dela, que, hoje, está capitaneando um dos principais programas desse segundo mandato de Paulo Câmara, o Caminhos de Pernambuco, cujo objetivo é reestruturar a malha viária até 2022, com investimento de R$ 505 milhões.
Outro nome cotado para ser mexido em meio à dança das cadeiras é Roberto Gusmão, da URB. O nome dele remete à alguma influência que o prefeito Geraldo Julio pode ter nessa equação. Aliados observam que esse processo deve ter digital dele e de Antonio Figueira, da Assessoria Especial do governador. Há palaciano lembrando que Roberto Tavares é visto como “ingovernável”.
Folha de Pernambuco