OAB-PE realizou ato em prol da não extinção do Exame da Ordem

Ato aconteceu na sede da sua seccional, bairro de Santo Antônio. Foto: Mandy Oliver / Esp.DP

Há quase 25 anos, profissionais egressos das faculdades de direito fazem o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil para que possam exercer, efetivamente, a advocacia. Volta e meia, entretanto, aparecem propostas de extinção do mesmo. Dando partida a uma campanha que se inicia, a partir de então, em todo o país, a OAB Pernambuco promoveu, no início da noite de hoje, na sede da sua seccional, bairro de Santo Antônio, um ato em defesa do Exame.

O presidente da OAB-PE, Bruno Baptista, afirmou que a iniciativa partiu da vice-presidente da instituição, Ingrid Zanella, que iniciou uma mobilização, que já ganha repercussão nacional. “É uma satisfação Pernambuco ser pioneiro em uma pauta tão importante”, afirma. Segundo ele, Pernambuco possui 40 faculdades de direito e um total de 38 a 39 mil advogados ativos, sendo 50 mil no total. “É um número absolutamente exagerado.

Chegamos a marca de 1,2 milhão no país. Já Pernambuco, sozinho, possui mais advogados do que a França. Em média, no Estado, há a inclusão de 3 mil novos profissionais, fora aqueles que não são aprovados no exame”, revela. Sobre a crítica de algumas pessoas de que o exame possuiria finalidade arrecadatória, ele contesta. “É claro que não. Se fosse para arrecadar, seria mais fácil deixar todo mundo entrar e ganhar com um maior número de anuidades. A intenção é realmente preservar a qualidade do serviço jurídico prestado. O exame serve exatamente para separar o joio do trigo, já que o governo não cumpre sua função de controlar, de fiscalizar a qualidade dos cursos jurídicos. Assim, a OAB faz, com autorização legal, o exame que mostra quem realmente está pronto para exercer a profissão”, complementa.