Deputado diz que colega está armado, e sessão é suspensa após empurra-empurra envolvendo o deputado Carlos Veras

Resultado de imagem para deputado armado durante debate da reforma da previdencia

Uma confusão generalizada interrompeu a reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados para leitura do relatório sobre a reforma da Previdência. A sessão ficou suspensa por cerca de 15 minutos.

Ocorreu gritaria, e parlamentares quase partiram para as vias de fato quando um deputado acusou um colega de estar armado no local. Nas imagens, é possível ver o deputado federal Carlos Veras (PT-PE) tentando verificar realmente se o deputado está armado e começa a confusão.

A confusão começou após o presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), não acatar questionamentos das deputadas Erika Kokay (PT-DF), Maria do Rosário (PT-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR). Elas deixaram seus lugares e se dirigiram à mesa diretora da CCJ, impedindo que a sessão continuasse.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), também saiu do seu lugar e se postou ao lado das deputadas, marcando posição.

Em seguida, o deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) afirmou que Waldir estava armado. Bismarck repetiu a acusação gritando diversas vezes no microfone, e pediu que os seguranças fechassem a sala.

No empurra-empurra, deputados chegaram a agarrar Waldir tentando identificar a suposta arma. O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) disse que, ao segurar a mão do líder do PSL, tocou a arma.

Delegado Waldir tinha um coldre, mas negou estar armado. Policiais costumam usar esse acessório para guardar as armas na cintura.

Empurra-empurra e suspensão

Com a confusão, o presidente da comissão decidiu suspender a sessão e convocar uma reunião com os coordenadores numa sala ao lado do plenário. A sessão foi retomada após cerca de 15 minutos.

O deputado Bismarck disse que Francischini agiu mal e deveria ter lacrado o plenário, impedindo a saída de parlamentares. “O que os deputados estão comentando é que houve uma proteção a Waldir, e a arma passou de mão em mão”, disse.

O parlamentar afirmou que vai pedir a Francischini a verificação de imagens do sistema de segurança para determinar se o líder do PSL estava armado ou não.