Deputada Priscila Krause denuncia ‘manobra’ de Paulo Câmara ao vender a folha

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A deputada estadual Priscila Krause (DEM) pediu ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao Ministério Público de Contas (MPCO), nessa quarta-feira (27), para investigar um aditivo de prazo para o contrato de gestão da folha de pagamento do Governo de Pernambuco. A administração da folha é feita pelo Bradesco e foi prorrogada pelo período entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022.

A parlamentar de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB) considerou a medida uma “manobra fiscal e administrativa”. Segundo Priscila Krause, não houve publicação no Diário Oficial.

A deputada já havia levantado a suspeita em dezembro do ano passado, quando pediu explicações sobre R$ 139,2 milhões de receita patrimonial contabilizada no mês.

“Houve uma antecipação de receita, que só seria realizada em dezembro de 2020, para que se fechassem artificialmente as contas do ano passado, alterando os parâmetros fiscais. Mesmo com um aumento da carga tributária estadual, fecharíamos com um déficit de mais de cem milhões. Nós desconfiamos dessa hipótese em dezembro, questionamos o governo e a documentação obtida confirma nossa tese. É um fato que contraria as leis, uma manobra que vai de encontro às práticas exigidas das gestões fiscal, administrativa e da transparência e que requer um posicionamento dos órgãos fiscalizadores”, registrou a parlamentar.

“A obtenção de receitas a partir de métodos heterodoxos justamente na período de conclusão da gestão pode, além de prejudicar receitas futuras, maquiar dados e parâmetros fiscais que devem sempre ser balizados a partir da consolidação de práticas fiscais antenadas à rigidez que o tema demanda”, disse no documento enviado ao TCE.